O controle tecnológico do material que sai para uma obra é essencial e deve ser realizado pela própria concreteira. Esse controle visa diminuir a variabilidade dos componentes do concreto, aumentar a qualidade do serviço entregue, auxiliando na melhoria das características do concreto como produto final. 

É muito importante que uma central dosadora tenha um laboratório básico de controle tecnológico, pois além dos resultados obtidos na obra, existe uma demanda por uma análise mais técnica, ou seja, uma análise dos materiais componentes do concreto:, cimento, agregados (areia e brita), água e aditivos.

Como você já viu, aqui na Ricamix temos nosso laboratório próprio, onde todo esse controle é feito. 

E como esse controle de qualidade é feito?

Cada matéria-prima utilizada na produção do concreto é analisada, conforme descrições abaixo: 

  • Cimento:

Finura (NBR 5732:1991), Perda ao Fogo e Resíduo Insolúvel (NBR 5743:2011), Resistência à Compressão (NBR 5739:2007). Já segundo a NBR 12654:1992, devem ser executados, no mínimo os seguintes ensaios:

  • Finura da peneira 0,075 mm (NBR 11579:1991 );
  • Área específica (NBR 7224:1996 );
  • Tempos de início e fim de pega (NBR 11581:1991 );

Resistência à compressão nas idades específicas para o tipo usado no estudo de dosagem (NBR 7215:1996 ).

 

  • Agregados:

Conforme a ABNT NBR 7211:2009:

A composição dos agregados deve conter grãos de minerais duros, compactos, estáveis, duráveis e limpos, porém não deve conter substâncias da natureza, pois podem afetar a hidratação e o endurecimento do cimento, a proteção da armadura contra a corrosão, a durabilidade ou também o aspecto visual do concreto.

Para o fornecimento dos agregados ao consumidor deve-se conter o nome do produtor, a proveniência do material, a identificação da classificação granulométrica, a massa do material ou seu volume aparente e enfim a data do fornecimento. A dimensão máxima  característica dos grãos pode ser entendida como uma grandeza ligada diretamente à distribuição granulométrica do agregado, que corresponde à abertura da malha da peneira, em milímetros, podendo ser da malha normal ou intermediária, sabendo-se que o agregado pode ter uma porcentagem retida acumulada igual ou menor a 5% em massa.

O módulo de finura dos grãos pode ser obtido através da soma das

porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado das peneiras da série normal, dividida por 100.

  • Agregado miúdo

Conforme a NBR 7211:2009:

Para a coleta de amostra de agregado miúdo deve-se seguir a ABNT NBR NM 26:2009 e reduzida para ensaio conforme a ABNT NBR NM 27:2001.

A distribuição granulométrica é determinada pela ABNT NBR NM 248:2003 devendo atender aos limites estabelecidos na Tabela 4 . Não se pode utilizar agregado miúdo para concreto se estiver nas zonas estabelecidas na Tabela 4 , somente se estudos prévios de dosagem comprovem sua aplicabilidade.

  • Agregado graúdo

Conforme a NBR 7211:2009:

Para a coleta de amostra de agregado miúdo deve-se seguir a NBR NM 26:2009 e reduzida para ensaio conforme a NBR NM 27:2001.

A distribuição granulométrica é determinada pela NBR NM 248:2003 devendo atender aos limites estabelecidos na Tabela 7.

De acordo com a NBR 7211:2009 deve-se analisar o índice de forma dos grãos do agregado e não deve exceder a 3. 

De acordo com a NBR 7211:2009 deve-se analisar o índice de desgaste por abrasão ”Los Angeles” que deve ser inferior a 50% em massa do material. A quantidade de substâncias nocivas não pode exceder os limites máximos com relação à massa do material, conforme se pode visualizar na Tabela 8 .

  • Água é indispensável que a água, seja potável, de poços artesianos ou de córregos ou canais, esteja de acordo com os requisitos especificados pela NM 137:1997 – Água para amassamento e cura de argamassa e concreto de cimento Portland. Além de seguir os procedimentos de armazenamento exigidos pela NBR 12655:2006 – Controle de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento, fator que muitas vezes é desconsiderado, mas deveria merecer devida atenção.
  • Aditivos

Segundo a NBR 11768:2011 o aditivo é adicionado durante a produção do concreto e a quantidade gira em torno de 5 a 10% do cimento contido no concreto. Seguindo a mesma norma, todos os aditivos contidos na NBR 11768:2011 devem cumprir os requisitos gerais da Tabela 11 abaixo.

Leia Também

contrapiso
26 de outubro de 2020

Contrapiso: Saiba o que é, e como aplicá-lo.

Contrapiso é, basicamente, no método convencional e mais antigo,...

Argamassa
26 de outubro de 2020

ARGAMASSA: O que é, e seus tipos

A argamassa é um material indispensável em todos os...